Porquê Eu?

A lágrima que reflecte, como a água,
A lágrima, quando me dói a alma,
Quando nada me acalma,
Quando lá fora me assustam.

Quando existe desilusão.
O silêncio que dói,
As palavras que magoam,
O gesto que desilude,
A lágrima que corre e deixa a sua marca, profunda,
Que lava o seu caminho,
Mas que não lava a dor.

A solidão que atormenta,
A saudade que queima,
As paredes que se fecham em meu redor,
A coragem que me abandona,
A força que não tive,
Que não tenho…

A lágrima que é tudo o que vejo,
A lágrima que não foi meu desejo…
A vida…
Reflectida em lágrimas…
Lágrimas essas, que não param de brotar.

Símbolo de descontentamento,
Símbolo de dor,
Símbolo de desilusão,
Símbolo de solidão…
Que teimam em ficar…
Tudo reflectido numa só gota de água,
Que corre, indiferente a quem a vê,
Indiferente a quem não a quer ver…
Que corre… E não pára.

Eu respeito...

A propósito do 25 de Abril (sim, eu sei que foi ontem, mas não tive tempo... E também sei que o que vou colocar aqui não é propriamente uma homenagem à data, mas da maneira que isto anda...):

Bom, não é que o Jornal Nacional seja propriamente um exemplo de jornalismo, mas...
TAU Sócrates! (Chateaste o Moniz... pimba! Ele tem mais poder sobre as velhinhas que votam do que tu... Nem com os beijinhos à Paulo Portas lá vais agora!)



E agora (ainda meio no tema), Xutos & Pontapés Revolucionários (que, por incrível que pareça, só descobri recentemente... Parece que a música já é famosa e recordista no Youtube, mas pronto, eu sou uma atrasada!)
Ah! E a voz ruim é do Kalu...



LETRA (para quem não percebe a voz ruim e o desafinanço do Kalu):

"Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão"

Não é que isto me deixe propriamente feliz, no verdadeiro sentido da palavra... Mas tenho menos "duas pedras no sapato"...

Com algumas falhas, próprias de quem não tem total acesso às informações existentes (também não as vou revelar aqui - pelo menos por enquanto), o Correio da Manhã, ontem e hoje deu-me as melhores notícias que recebi:

Lembram-se do melhor amigo do meu pai que foi assassinado?

Fez-se justiça...

Primeiro ontem...

Depois hoje...

Vou dormir um pouco melhor.